segunda-feira, 10 de setembro de 2012

ALGUMAS PESSOAS SÃO TÃO POBRES QUE SÓ TEM O DINHEIRO

Muitas vezes, nos caminhos da vida, 
perdemos o rumo de nossa própria existência
e esquecemos o que realmente importa...


Vale a pena ler este texto de Jacques Miranda (professor universitário, palestrante, empresário e escritor)

Fonte da mensagem original:
http://jacquesmiranda.wordpress.com/2012/04/19/algumas-pessoas-sao-tao-pobres-que-so-tem-dinheiro/


"Certo dia um homem, lá pelos seus 50 anos de idade, uma vida sofrida de muito trabalho, sentou-se à beira de uma árvore, num simples passeio no parque de final de semana em família. Respirou fundo, olhou em volta viu toda aquela natureza que o cercava, percebeu que algumas formigas seguiam subindo a árvore e passou a segui-las com os olhos. Curiosamente, percebeu nessa árvore uma espécie de fenda de onde havia uma pequena poça de água da última chuva. Olhando para aquela poça, pode perceber nitidamente o seu reflexo. Vira algum brilho em seu rosto e algumas rugas, marca dos anos que foram embora. Marcas talvez de sofrimento físico a que estava sujeito pelo trabalho árduo, penoso. Pensou, refletiu e, naquele momento sublime, tentou conversar com Deus, algo que nunca havia feito pela sua pouca formação cristã. Sentiu que aquele era o momento e disse: Deus, eu lutei tanto na minha vida e não consegui ser rico, não tenho dinheiro para poder descansar em um sítio, andar de barco como fazem os meus patrões, ter carro do ano, relógio bacana, sapato do bom, teatro, jantares, shopping center, vida boa para meus filhos… Eu quero!

Com a mesma firmeza de propósito que sempre utilizou em sua vida de honestidade, de sinceridade, de dedicação ao seu trabalho, família e filhos, ele fez aquele pedido com todo o seu coração.

Quando chegou em casa, encontrou como sempre sua família reunida em volta da mesa. Filhos crescidos e saudáveis e cultos, casa arrumada, comida simples na mesa, pão, salada, refresco. Ouviu dos filhos tudo o que havia acontecido durante o dia, um que leu um livro, outro que estudou biologia, como sempre acontecia; um passando o prato para o outro. Terminado o jantar, cada um foi fazer o seu dever, um lavou louça, outro enxugou, outro tirou a mesa e separou a comida das marmitas de todos os que trabalhavam na casa, outro varreu o chão. Terminado, uns foram ler e outros sentaram em frente a televisão para assistir a novela. Dormiram após com um singelo “bença pai, bença mãe”. Dia seguinte, aquele homem ao sair de casa bem cedo, abre a caixa de correio e encontra uma carta com carimbo de um governo. Nela, havia a informação de que ele recebera uma herança de um parente desconhecido. Era só buscar o dinheiro. Era praticamente um conto de fadas. Pronto, aquele homem estava rico.

Voltou pra casa, contou a história aos filhos e a rotina da casa mudou. Ninguém mais trabalhou. Raramente se encontravam para falar de seu dia-a-dia. Não separavam tarefas domésticas, pois havia quem o fizesse, a empregada. Não jantavam juntos em casa e em lugar nenhum – cada um tinha sua própria vida cercada de pessoas interessadas. Não passeavam no parque e sequer se viam, iam em shopping center comprar futilidades para mostrar para as pessoas que sequer gostam deles. Ele, o homem, nunca mais perseguia formigas nem olhava a natureza. A virtude do trabalho tinha ido embora e dado lugar ao ócio e ao fútil; não beijava sua mulher para não manchar a maquiagem, nem a abraçava para não amassar o vestido, aliás, nem ligava muito pra ela porque a família já tinha ido embora e os valores básicos esvaidos, dando lugar àquilo que os outros iam dizer e quanto isso iria custar. Em dinheiro.

Por acaso, num determinado dia, cansado de discutir com a família, despedaçada por conta da necessidade da qual cada um tinha de ter o seu próprio dinheiro e que ele desse cada vez mais, ele olhou-se no espelho e percebeu que as marcas e as rugas continuavam lá e que a dor e o sofrimento estavam presentes só que agora mais, muito mais e elas não tinham brilho. O brilho dos melhores valores que o ser humano pode ter. O brilho da honestidade, da sinceridade, da dedicação aparentemente não estavam presentes. Havia o opaco da discórdia, da desunião, da falta de ética. Tudo isso tinha um nome. Dinheiro.

Era uma gente pobre.

Faça um teste: tire o dinheiro de sua vida. Se te sobrar um amigo para ouvir tudo o que você disser sem te censurar, refeição e família, você é rico. Se te sobrar só quem te convide para passeios caros, gente que semeia a discórdia e não está nem aí para família, você é pobre.

Cuide-se!

(O texto acima surgiu depois de um café com o meu amigo Rolemberg Araújo no dia 19 de abril de 2012, o qual há muto não conversava)

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